A influência do Condicionamento Aeróbico e do Índice de Massa Corporal no Risco Cardiovascular
um estudo em militares do Curso de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica de 2011
DOI:
https://doi.org/10.22480/revunifa.2014.27.564Palavras-chave:
Risco Cardiovascular, Condicionamento Aeróbico, Índice de massa corporal, Medicina militarResumo
Nesta pesquisa investigou-se a relação entre o grau de Condicionamento Aeróbico (CA) e o risco individual para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares – Risco Cardiovascular (RCV) - no grupo de 88 alunos do Curso de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica de 2011. A estratificação do RCV da amostra foi realizada segundo o escore de risco de Framingham. O método atribui a cada indivíduo escores proporcionais à presença e magnitude de determinados fatores de risco, estimando seu RCV nos próximos 10 anos. Segundo essa metodologia, utilizando-se os dados da última inspeção anual de saúde do grupo estudado, 44 alunos apresentaram RCV < 5%, 41 entre 5 e 9% e 3 apresentaram RCV > 10%. O CA foi avaliado através do desempenho no teste ergométrico. Obtiveram CA excelente, 55 indivíduos; CA bom, 30; CA regular ou fraco, 3. A fim de traçar um paralelo com uma variável reconhecidamente atrelada às doenças cardiovasculares, também foi avaliado o índice de massa corporal da amostragem, relacionando o RCV com os parâmetros de peso corporal encontrados. Foram computados 26 alunos na faixa de peso normal, 43 com sobrepeso e 19 com parâmetros de obesidade. Não foi encontrada diferença significativa (p>0,05) quanto ao RCV entre os indivíduos com desempenho aeróbico excelente e os demais, em contraponto ao RCV observado nos indivíduos com sobrepeso/obesidade, significativamente maior daquele encontrado no grupo de peso ideal.
Referências
AMERICAN COLLEGE SPORTS MEDICINE Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 6. ed. Philadelfia: Lippincott Willians & Wilkins, 2000.
AZAMBUJA, M. I. et al. Impacto econômico dos casos de doença cardiovascular grave no Brasil: uma estimativa baseada em dados secundários. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 88, n. 91, n. 3, set. 2008.
BLAIR, S. N., et al. Is physical activity or physical fitness more important in defining health benefits? Medicine Science Sports Exercise, v. 33, n. 6, p. 379-399, 2001.
BRANDÃO, A. P. I Diretriz brasileira de diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 84, Suplemento I, abr. 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de prevenção básica, v. 14, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
abcad14.pdf>. Acesso em: 02 mai. 2011.
BRAUNWALD, E. A textbook of cardiovascular medicine. 8. ed. Philadelphia: Saunders Elsevier, 2008.
BRITO, F. B. et al. II diretrizes brasileiras sobre teste ergométrico. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v. 78, Suplemento I, abr. 2002.
COOPER, Kenneth H. Programa aeróbico para o bem estar total. 3. ed. Rio de Janeiro: Melory, 1990.DEMETRA, D. C. et al. Fitness is a better predictor of cardiovascular disease risk factor profile than aerobic fitness in healthy men. Circulation, 2005. Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/111/15/1904.abstract>. Acesso em: 02 jul. 2011.
DIAS, Elizabeth C. Doenças relacionadas ao trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Brasília: Editora MS, 2001.
GIGANTE, D. P. et al. Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 3, p. 236-46, 1997.
GODOY, M. F. et al. Mortalidade por doenças cardiovasculares e níveis socioeconômicos na população de São José de Rio Preto, São Paulo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 88, n. 2, fev. 2007.
LOTUFO, Paulo A. O escore de risco de Framingham para doenças cardiovasculares. Revista da Associação Médica de São Paulo, v. 87, p. 232-237, dez. 2002.
MAFRA, F.; OLIVEIRA, H. Avaliação do risco cardiovascular – metodologias e suas implicações na prática clínica. Revista Port. Clinica Geral, v. 24, p. 391-400, 2008.
MERELE, C. J. Manual de Fisiopatologia. 2. ed. São Paulo: Roca, 2007.
PEREIRA, et al. Obesidade: hábitos nutricionais, sedentarismo e resistência à insulina. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metab, v. 47, p. 111-27, 2003.
PITANGA, F. J. G; LESSA, I. Associação entre indicadores antropométricos de obesidade e risco coronariano em adultos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.10, n. 2, p. 239-248, 2007. Disponível em: <http://www.scielosp.org>. Acesso
em: 15 mai. 2011.
POLANCZYK, CARÍSI ANNE. Fatores de risco cardiovascular no Brasil: os próximos 50 anos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 84, n. 3,
mar. 2005.
SANTOS, R. D. et al. Diretrizes para cardiologistas sobre excesso de peso e doença cardiovascular dos Departamentos de Aterosclerose, Cardiologia Clínica e FUNCOR da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 78, Suplemento I, p.1-14, 2002.
SPOSITO, Andrei C. et al. IV Diretriz brasileira sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 88, n. 1, abr. 2007.
WILSON, PETER W. F. et al. Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation, v. 12, p. 1837-74, 1998.
YUSUF, SALIM et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): case-control study. Lancet, v. 364, p. 937-52, 2004
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 José Moacir Fonseca da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Revista da UNIFA permite que o (s) autor (es) mantenha(m) seus direitos autorais sem restrições. Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) - Revista da UNIFA é regida pela licença CC-BY-NC
